Nascemos tudo de uma vez só, nesse nosso parto clássico.
Bebemos agua engarrafada, dessas garrafas de plástico.
Comemos uns caracóis, como se fosse um prato fino, e
simpático...
Vivemos nas multidões, como se fossemos o ultimo ser pratico.
Perdemos nossas vontades... E nossas loucuras, ainda são
débeis, céticas...
E fazemos da plateia , nossa marionete de braços, e pernas
cômicas.
Subimos na plataforma, mas fazemos de tudo, cenas jogadas e
lúdicas.
E perdemos toda a vontade de fazer as coisas boas, e irônicas...
Brincamos sempre neste circo, como palhaços de um filme sádico...
E fazemos tudo errado, como o uso de um algum banheiro publico.
E fazemos um carnaval, ao subir nas rampas de um palácio estático...
E escondemo-nos por entre as bandeiras, fazendo-nos ser todo
pudico.
Sentimos um desespero, ao doarmos todo o nosso lado romântico...
Choramos um desenterro, querendo amar um morto de frio
ártico...
Vivemos uma metamorfose, e somos beijados por um príncipe
esquálido.
Atrapalhamo-nos, por ansiarmos os desconcertos de um desejo
ávido...
Subimos na ribanceira para mergulharmos num lago de lixo liquido.
Cantamos uma melodia desafinada; e’ a cena de uma vida romântica!
Quisemos ser o tal, e rabiscamos no quadro, uma formula
quântica.
Não soubemos explicar, e preferimos balbuciar, uma reza
tântrica...
E sofremos a alucinação, dos cogumelos de uma explosão atômica...
E atrapalhamos-no , com a timidez, ou numa inverdade
astronômica.
E sentimos o desespero, quando fazemos o tudo errado... Ou
de tudo fluir...
Tropeçamos a cada passo, quando tentamos o tudo certo... Correr,
e fugir...
E tropeçando, ou cambaleando, tentamos das arapucas sair...